Igreja de Nossa Senhora do Rosário

O sagrado e a fé forram a estrutura de um município tanto quanto a fundação de um edifício arquitetônico. Diante disso, estudar a história por trás das igrejas fundamenta um raciocínio de conhecimento e caracterização do povo que as usufrui até hoje. É como

Minas gerais que tem em seu DNA as igrejas barrocas.

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, que pode ser encontrada no centro de Barbacena, mais precisamente à Praça Dom Silvério, é marcada por traços e ornamentos do movimento arquitetônico e filosófico do barroco. Projetada em 1774 é considerada por estudiosos uma das igrejas mais antigas de Barbacena, erguida em terreno doado pelo capitão Manuel Rodrigues da Costa, casado com Joana Tereza de Jesus, pais do

inconfidente Padre Manoel Rodrigues da Costas.

A Irmandade do Rosário, criada por ordem de Dom João VI em 1810, teve entre seus integrantes Padre-Mestre Correio de Almeida e o Padre Sinfrônio de Castro, figuras

expressivas e histórica do clero de Barbacena.

A Simplicidade da sua construção, com paredes internas em pedra e cal pode ser justificada por ter sido construída por escravos que não podiam freqüentar as outras igrejas por sua condição social. A edificação se encontra numa parte elevada da cidade e por isso sua fachada principal chama atenção de quem passa por lá. É importante ressaltar que a igreja passou por algumas reformas dentre elas a construção da torre central.

Sem jardim e com gradis cercando toda a edificação, é formada por uma fachada cujo acesso principal é por meio de uma escada. Essa fachada originalmente de estilo eclético foi alterada em 1894 por não atender a pureza necessária do barroco. As fachadas laterais têm janelas rasgadas por inteiro. Seus acessos secundários de entrada se dão pelas laterais da nave, sacristia e capela. Uma alteração importante foi a troca do piso de madeira interno por cimento queimado e um muro de proteção contornando o terreno.

No seu adro encontramos a herma de Joaquim Jose da Silva Xavier o Tiradentes, local

que está enterrado o braço do Martir da inconfidência mineira.

Autor: Rafaela Quirino

Fotos: Victor Hugo Vieira